Se, ao final desta existência,Alguma ansiedade me restar e conseguir me perturbar; Se eu me debater aflito,no conflito, na discórdia... Se ainda ocultar verdades para ocultar-me,para ofuscar-me com fantasias por mim criadas... Se restar abatimento e revolta pelo que não consegui possuir, fazer, dizer e mesmo ser... Se eu retiver um pouco mais do pouco que é necessário e persistir indiferente ao grande pranto do mundo...Se algum ressentimento, Algum ferimento impedir-me do imenso alívio que é o irrestritamente perdoar, E, mais ainda,se ainda não souber sinceramente orar por quem me agrediu e injustiçou... Se continuar a mediocremente denunciar o cisco no olho do outro sem conseguir vencer a treva e a trave em meu próprio... Se seguir protestando reclamando, contestando,exigindo que o mundo mude sem qualquer esforço para mudar eu... Se, indigente da incondicional alegria interior, em queixas, ais e lamúrias,persistir e buscar consolo, conforto, simpatia para a minha ainda imperiosa angú...